O avião monomotor que caiu na manhã de sábado (23), em Jaboticabal (SP), não poderia voar em condições de chuva, de acordo com o piloto Paulo Garcia, que tem experiência de 49 anos em aviação.
Segundo ele, pela categoria da aeronave, não seria indicado fazer um voo por instrumento, que é quando o piloto tem como referência apenas os instrumentos da cabine.
O empresário Delcides Menezes Tiago, de 65 anos, de Monte Alto (SP), era piloto e dono da aerovane. Ele tinha brevê (licença para pilotar), mas, de acordo com a Polícia Civil, pode ter ficado desorientado durante o voo.
As investigações apontam o mau tempo como uma das principais causas do acidente. Chovia forte no momento da queda da aeronave, que atingiu o solo e explodiu.
O monomotor que Delcides pilotava era modelo RV-10, prefixo PT-ZVL, fabricado em 2012 e com capacidade para piloto e mais três passageiros. Cinco pessoas estavam a bordo no momento do acidente.
A polícia já apurou que o avião, que saiu de Monte Alto com destino a Fernandópolis (SP), ficou apenas dez minutos na cidade e não abasteceu. Quatro passageiros embarcaram e a aeronave voou de volta para Monte Alto.
No trajeto, o piloto teria ficado desorientado e foi parar em Jaboticabal, cidade vizinha a Monte Alto.
Uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) esteve na praça onde aconteceu o acidente no sábado e encontrou um livro de bordo com várias anotações.
A última informação é de que o avião foi abastecido em Jaboticabal. Uma amostra do combustível vai ser analisada pelos peritos.
As vítimas foram enterradas no domingo (24) em Monte Alto e em Indiaporã.
Fonte: G1
Foto: Reprodução/TV Globo